Atirada em um sofá desmontado ela relembra o que sonhava a alguns anos. Estes sonhos iam além de amor, dinheiro e sucesso.
O que sempre a alimentou foi a vontade de viver intensamente. Ela não precisava de um grande amor, uma conta milionária ou uma carreira esplendorosa. Para ela, se sentir livre e completa era o que importava, mesmo que se isso não viesse com o resto.
Viajar sempre foi a vitamina essencial para alimentar sua alma. Fotografar era o "feijão com arroz" da dieta daquela garota. Paixões iam e vinham, isso ela nem ligava.
E é nessas noites de inverno que ela pensa nisso. É neste frio que ela se aquece com seus textos, fotografias e roteiros. Assim ela tenta entender o mundo, mas principalmente, entender a ela mesma.
Por mais que ela saiba o que realmente precisa para sobreviver, não entende como pode querer tanto, pensar tanto, imaginar-se tanto ao lado de um garoto. Talvez seja uma falha técnica que apareceu com o tempo. Mas mesmo assim ela consegue lidar com isso, por saber que não é vital para ela.
As paixões que vem e vão, como a chuva, servem de consolo para uma garota que sabe do que precisa, realmente.
Ainda com o frio, chove la fora. Entre os trovões e os clarões no céu ela se amontoou em um canto da sala. Pegou sua tijela de cereal com leite, vestiu seu pijama mais confortável e esperou os dias passarem para, de novo, entrar em um avião para o outro lado do planeta. Aquele lado que a sustenta mais do que as suas próprias pernas, é lá que seu coração e sua alma se reabastecem de um sentimento puro, vivo e completo.
E assim que a chuva passa e lhe restam apenas os últimos pingos, barulhos e clarões, a garota volta a realidade...se reconforta pois sabe que ainda é jovem para desistir do desejo que a mantém com um sorriso nos lábios até hoje.
sexta-feira, 25 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Uma confusão de pensamentos na ponta dos meus dedos
Enquanto sirvo o sorvete, na minha tigela colorida, já vou pensando em quanto tempo vai demorar para ele derreter e virar um creme gelado com todos os sabores que eu servi misturados. Enquanto ele não derrete, eu vou fingindo fazer um bolo, “batendo” tudo com a colher.

Enquanto eu escrevo mais esse parágrafo, eu mexo o meu sorvete de creme e chocolate na minha tigela colorida e penso no porque parei de ler se estou tão entusiasmada em continuar e saber o que acontecerá no último capítulo.
Sozinha no meu quarto, nos meus dias, eu não me queixo de não estar apaixonada ou de ter desistido de algumas coisas. Estou conseguindo lidar com tudo isso muito bem. Seria clichê eu falando que tenho meus amigos por perto e que tenho dado muito valor a isso ultimamente mas, mesmo falar que uma coisa é clichê se torna, automaticamente clichê, é isso mesmo.
Voltar as vezes até as pessoas ou sentimentos sinceros que, um dia, nos fizeram sorrir é a melhor opção e escolha que temos para esquecer esses dias que parecem não passar. Quando as horas se arrastam e parece que não temos o que, ou em quem, pensar e nos fechamos, só queremos sumir dessa “pequena cidade” com “pequenas pessoas”.
Eu não canso de falar que, pra mim, isso é comum. Sabe, me sentir sozinha e querer ir embora. Mas não é só por isso que eu quero deixar todo o meu passado e me agarrar apenas nas memórias.
Falando em fugir daqui e o fato de eu ter mais fases do que a lua e do meu jeito meio bipolar, mudando de vontades, pensamentos e sentimentos (principalmente) com a mesma freqüência que eu troco de roupas ou fico perambulando pela cozinha procurando algo para comer, mesmo sem fome, me instiga o fato de alguns sonhos e vontade estarem tão fixas a mim que nada, até hoje, me fez pensar em desistir ou deixar pra depois.
Talvez pelo fato de eu estar sempre em “transe” de um sentimento pra outro, de uma vontade pra outra, que eu me apego tanto a minha vontade de saltitar pelo mundo conhecendo as coisas, lugares e pessoas e, ao mesmo tempo, conciliar isso com o emprego dos meus sonhos. De fato, um sonho.
Eu sei que não sou a única a pensar, sentir ou querer isso. Mas quando olho ao meu redor vejo pessoas que querem se fixar em um lugar, em um escritório ou em uma cidade. Querem viajar apenas nas férias, uma ou duas semanas, um mês talvez. Não sei se sou inocente ou sonhadora de mais em pensar que eu não preciso e posso não me limitar a isso, mas eu prefiro continuar acreditando que eu vou conseguir ser feliz do jeito que eu escolher, mesmo sendo loucura para as outras pessoas ou um tanto quanto sonhador de mais.

segunda-feira, 21 de março de 2011
Cheia, nova, crescente ou minguante.
Coisas de pessoas estranhas.
Estou aqui, neste calor, jogada na minha cama com meu pijama da Primark preferido (eu amo todos da mesma forma) pensando em me apaixonar.
Isso não é bem uma coisa que planejamos, aliás, nem estou planejando, apenas pensando.
Se apaixonar é incrivel. Passamos a reiventar tudo o que costumamos fazer. O modo que agimos frente a pessoa, querendo ou não, muda.
Eu queria estar apaixonada. É saudável. Mas não estou pronta ou com vontade de um relacionamento. Relacionamentos estragam paixões. Pelo menos esse é o meu caso, sempre.
Bom, isso quando se trata de homens. Posso me dizer apaixonada pela minha faculdade, não largaria ela por pouca coisa.
Sou apaixonada por fotografia, se pudesse andar com a camera no pescoço, eu o faria.
No mais, nem sei porque escrevo isso agora. Talvez um modo de desabafo. Gritar para o mundo que eu sou péssima com relacionamentos e essa coisa de paixão, amor e sentimentos.
Me entristeço por isso as vezes. Que mulher não quer casar e ter uma familia feliz? Eu não vou negar que esse desejo, dependendo a minha fase, sai do TOP 10 dos meus desejos.
Mas a paixão sempre será bem vinda na minha vida, no meu coração.
Não quero que entenda mal. Tudo pode mudar, acredite. Se você quizer consegue roubar meu coração...
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